Com receita típica francesa, rede Le Petit Macarons pretende faturar R$ 22,9 mi em 2023

Maio 4, 2023 

Normalmente, viajar para Paris, capital da França, é um programa considerado por muitos como um sonho de lazer e férias. Mas não foi bem assim para a dupla formada por Valquíria de Marco e Roger Righi Coelho. Em 2012, os amigos se uniram com um propósito: encontrar a receita perfeita de um doce famoso, típico do país europeu: o macaron. A missão era agradar o paladar brasileiro e, ao mesmo tempo, manter as peculiaridades do doce francês, como, por exemplo, a leveza e o sabor. Para encontrar o ponto de equilíbrio ideal, após a viagem à Cidade Luz, Valquiria dedicou um ano e meio aos testes do produto. E, ao se satisfazer com o resultado encontrado, uma nova prova de fogo entrou no caminho da dupla: honrar a entrega de uma venda de 4.500 unidades realizada por Roger, algo que levou os amigos a virar quatro dias e quatro noites trabalhando. Após a entrega, eles tomaram uma decisão: era a hora de levar a experiência completa aos brasileiros. A aposta deu certo: de março de 2014 para cá, a fábrica da Le Petit Macarons já aumentou seu tamanho em 10 vezes, 25 lojas foram abertas e a capacidade de produção, a depender da procura, em breve deve chegar a 20 mil unidades por dia. Já o faturamento previsto para este ano é de R$ 22,9 mi. Ficou interessado em saber mais sobre a franquia que encanta cada vez mais brasileiros produzindo e comercializando o doce de origem francesa? Continue lendo. A Rede Food Service te conta tudo. 

O que é macaron?

 Você já deve ter experimentado ou visto um macaron, não é mesmo? A pâtisserie é um dos doces mais amados pelos próprios franceses e já se tornou bastante popular no mundo. Trata-se de um pequeno biscoito, redondo, recheado e crocante, com tamanho variando entre 3 e 5 cm de diâmetro, sendo uma especialidade em diversas cidades e regiões da França. Tem dúvidas sobre a pronúncia correta? Pois pode anotar: se fala macaRRon. 

Início da Le Petit Macarons

 A primeira loja da marca inaugurada pela dupla de amigos foi em Bento Gonçalves, cidade a pouco mais de 100 km de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul. No início, a loja operava apenas no período da tarde, pois durante a manhã os macarons eram produzidos no mesmo espaço. 


Ao longo de um ano e meio de funcionamento, a Le Petit Macarons foi provando que seria realmente uma ideia de sucesso. Otimista, Roger Righi Coelho decidiu ousar. “Vendi o meu carro e, com o dinheiro, abri a segunda unidade da rede, um quiosque localizado no principal shopping center da capital gaúcha”, conta o sócio-fundador e diretor de novos negócios da franquia. Se a perspectiva inicial era positiva, os resultados obtidos foram além. “Em Porto Alegre, a nova loja passou a vender cinco vezes mais do que na cidade natal. Para atender a demanda, o jeito foi contratar uma funcionária para ficar na unidade matriz e liberar Valquíria para atuar na primeira fábrica: uma salinha de 36m² em que cabia um forno, um freezer e uma mesa com utensílios para produção dos macarons”, relembra. 


Embora bastante gratificante, a rotina durante um tempo foi bem exaustiva para os amigos empreendedores. Durante um ano, Roger ia todas as noites até Bento Gonçalves buscar os macarons que seriam vendidos no dia seguinte em Porto Alegre. Porém, atentos ao progresso do empreendimento, a dupla resolveu dar um novo passo: contratou funcionários e ajustou os processos, organizando-se para ampliar o estoque. “Apostamos também numa empresa de logística, o que nos permitiu dedicar mais às lojas e ao atendimento ao cliente”, explica Valquíria de Marco, sócia-fundadora e diretora de produção e criação da rede. Foi uma boa decisão. Com as mudanças, o negócio continuou crescendo e a pequena fábrica passou a não dar mais conta: era preciso investir numa maior. Em 2017, a Le Petit Macarons abriu sua segunda linha de produção, agora em um espaço com 80m². 

Atuação em rede

 Com a visibilidade que a unidade de Porto Alegre deu ao negócio, Roger, que estava à frente da unidade, constatou que os próprios clientes tinham vontade de adquirir uma loja. Com a experiência já adquirida no ramo de franchising, o sócio logo tratou de realizar todos os testes possíveis com os produtos e elaborar os manuais necessários para um projeto de expansão. 


Assim, em 2018, com quatro anos de existência, a Le Petit Macarons, de forma totalmente orgânica, começou a crescer e abriu sua primeira franquia em Florianópolis, sendo essa unidade também a primeira loja para além do solo gaúcho. E assim, de maneira espontânea, no ano seguinte foram inauguradas outras nove unidades, o que levou a marca a conquistar também seu terceiro estado, o Rio de Janeiro. Atualmente, a Le Petit Macarons possui 25 lojas em funcionamento, destas 20 são franquias e cinco são lojas próprias. 

Receita do sucesso

 Para os sócios, o sucesso da Le Petit Macarons se deve à maestria da marca no preparo dos doces com a ambição calculada nos negócios. “De um lado temos o perfeccionismo de Valquíria, que, da tragédia da primeira fornada – que resultou em um doce duro como pedra –, alcançou o equilíbrio entre sabor, leveza e doçura; e do outro, temos meus estudos e visão de negócios”, diz Roger Righi Coelho. 

Assim, a união das expertises da dupla resultou na criação de uma das principais boutiques de macarons do país. “Desenvolvemos um lugar que une elegância, delicadeza e oferece uma linha de produtos refinados e de alta qualidade para além do doce francês. Hoje também comercializamos geleias caseiras, caramelo de colher, cafés e infusões”, conta Valquíria de Marco. 

Produtos

 De acordo com a sócia-fundadora e diretora de produção e criação da rede, Valquíria de Marco, os destaques de vendas da franquia são os macarons nos sabores de crème brullè, Nutella, brigadeiro de avelãs e red velvet. O ticket médio das lojas é de R$ 45. 


ara desenvolver os sabores de macarons disponíveis na rede, Valquíria costuma estudar as tendências mundiais de sabores, experimentando novas receitas e buscando desenvolver produtos de alta qualidade. “Podemos citar, por exemplo, o macaron que será lançado para o Dia das Mães, feito com uma ganache leve de água de rosas e uma geleia de framboesa ao centro”, adianta para a Rede Food Service. Atualmente, além das unidades físicas, a Le Petit Macarons trabalha com plataformas de entregas, como Ifood e Rappi, e também com vendas online para entrega via grupo de entregadores locais. “Em média, as vendas por delivery representam algo em torno de 15% a 20% do nosso faturamento total”, diz Roger Righi Coelho. 

Investimentos e expansão

 Com uma demanda de atendimento que não para de crescer, os amigos – que já tinham investido R$ 500 mil entre 2020 e 2021 para o desenvolvimento de conceito, uniformes, novos produtos, equipamentos e instalação de duas unidades próprias e outras duas franquias – aportaram cerca de R$ 1,2 milhão para a abertura, em outubro de 2022, da terceira fábrica de macarons, em um espaço de 360m², o que levou a rede a faturar R$ 15,6 milhões no ano passado. Atualmente, a produção da marca gira em torno de 10 mil produtos por dia, porém, os planos de expansão preveem a compra de novos equipamentos para ampliar a capacidade produtiva da empresa para 20 mil macarons por dia. “Com plena produtividade, o passo seguinte é dar vazão à venda de franquias e abrir novas unidades já nos próximos meses”, explica Roger. 


Até o final do ano de 2023, a meta da Le Petit Macarons é chegar a 35 lojas e estar presente em 10 estados, entre eles o Ceará, Pará, Mato Grosso do Sul e Alagoas. “Para isso, planejamos a abertura de um centro de distribuição para otimizar a entrega dos doces para todo o Brasil”, conta o sócio-fundador e diretor de novos negócios. E engana-se quem acha que a franquia almeja voos maiores apenas em território nacional. Para 2024, a Le Petit Macarons planeja chegar aos Estados Unidos e Portugal, inclusive com a abertura de uma fábrica internacional. “A julgar pela alta procura de pessoas interessadas em investir na marca, em breve nossos sonhos irão se realizar”, revela Roger para a Rede Food Service. 

Raio-X da franquia

 Com modelos de loja boutique (para uma experiência completa) e quiosque em malls e centros comerciais, além do carretino (com metragem a partir de 2m²), para abrir uma franquia da Le Petit Macarons é necessário um investimento inicial mínimo de R$ 100 mil. O valor é referente à modalidade carretino e engloba taxa de franquia, instalações, equipamentos e estoque inicial. O faturamento médio mensal é a partir de R$ 25 mil, com prazo de retorno entre 24 a 36 meses, também para a modalidade carretino. A dupla ressalta que a rede ainda presta todo o auxílio necessário ao franqueado para a abertura da nova unidade, dando assistência na escolha do ponto, orientação para o projeto arquitetônico e treinamento in loco para o franqueado e a primeira equipe. Os sócios ainda ajudam com o sistema de gestão, central de compras e oferecem todos os manuais da franquia, com informações institucionais, operacionais, de marketing e recursos humanos. 

Visão de mercado

 Ao comentar sobre o atual momento vivido pelo setor de food service no Brasil, a dupla explica que enxerga um período de grande crescimento. “Especialmente para os produtos considerados de indulgência, ou seja, que servem para presentear os amigos e, principalmente, presentear a si mesmo. Essa tendência cresceu muito pós-pandemia e estamos notando a busca pelos presentes para si mesmo em nossas lojas”, contam os amigos. 

Contatos

 Os interessados em abrir uma franquia da Le Petit Macarons podem entrar em contato com a empresa através do site lepetitmacarons.com.br ou pelo whatsapp: +55 51 8104-3872 (Roger Righi Coelho).